quinta-feira, 18 de abril de 2013

"MENSAGEM A MANA ELVIRINHA"



Meus amigos! Nem sei como começar a falar de minha querida irmã Elvira. Todos vocês a conheciam muito bem, através do seu talento e da sua inteligência. Foi uma criatura como bem poucas em nossa cidade, pois em nossa cidade, naquela época , na sua juventude, não havia possibilidade de um bom colégio, para que ela expandisse e desenvolvesse a sua capacidade intelectual. Mas, aí teria a desculpa, de bons colégios e bons mestres. O seu mérito está aí. Foi uma boa mãe, educou os próprios filhos, residindo em uma fazenda. Vieram para a cidade, ingressaram no Colégio e fez deles moças e rapazes inteligentes e capazes de realizar qualquer trabalho importante, como: professora, enfermeira, funcionário de Banco e funcionário de firmas em grandes cidades. E nem só isso, meus amigos! Quantos alunos ela preparou aqui na cidade, para que ingressassem no colégio! Na minha adolescência, ela foi para mim uma segunda mãe.Nunca esqueci e nem deixei de falar com os meus sobrinhos e meus filhos, o que devo a ela! A escola pública que eu tive, foi o primeiro e o quarto ano primário. No intervalo do 1º ao 4º, aprendi tudo com ela, sempre na fazenda. Quando voltamos em 1938, ano em que ela se casou, eu fiz um teste e fui aprovada em todas as matérias e passei para o 4º ano. Me ensinou a costurar, bordar e a fazer muitos trabalhos artesanais. Por isso que eu digo, meus amigos, que perdemos esta admirável criatura, mas com o orgulho de termos dado um grande exemplo de vida. Sempre alegre e cheia de criatividade, poetisa, compositora, além de outras, foi a autora do Hino da nossa cidade de Maracás. Que Deus a tenha em seu Reino de Amor e Paz! Que dê ao seu esposo, filhos e netos, a lembrança sempre carinhosa e o conforto, para superar esta ausência.

Em: 12/08/1992
(Homenagem à Helená Sá - irmã de Elvira Sá)

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